A localização de eventos de saúde no espaço geográfico com base em mapas não é recente. Em 1854, o médico John Snow investigou no bairro de Soho, em Londres, um surto de cólera. Ele mapeou com base nos croquis dos quarteirões, as casas atingidas e relacionou com as pessoas que beberam água de uma fonte na Broad Street.
Logo, percebeu que aquele surto em particular ocorrera em torno de uma bomba de água compartilhada que a maioria dos habitantes usava para coletar água para beber e lavar. Essa foi a primeira vez que um mapa foi usado para melhor compreensão de uma doença e estabelecer medidas de controle.
Várias são as possibilidades do uso do geoprocessamento na saúde:
📍 Serviços de saúde,
📍 Saúde ambiental,
📍 Epidemiologia de doenças crônicas não transmissíveis,
📍 Epidemiologia de doenças transmissíveis,
📍 Identificação de áreas de risco,
📍 Entre outros…
A melhora e o aumento na disponibilidade de bases de dados e dos SIG trouxeram ganhos importantíssimos para aplicação do geoprocessamento na área da saúde. Podemos citar os Sistemas de Informação em Saúde que abarcam dados sobre nascimentos, óbitos e doenças de notificação compulsória, entre eles:
📍 Sistema de Informação de Mortalidade (SIM),
📍 Sistema de Nascidos Vivos (SINASC) ,
📍 Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
As possibilidades de técnicas disponíveis em SIGs robustos, permitem análises que são úteis na identificação de áreas de risco para determinados agravos, bem como na análise destes que busquem relação com variáveis ambientais extraídas de informações sobre uso e ocupação do solo ou de variáveis climáticas, extraídas de produtos de sensoriamento remoto e de métodos de reanálise para o monitoramento climático; ou na combinação de variáveis, ambientais, climáticas socioeconômicas a partir do uso de modelos estatísticos espaciais que permite tratar a heterogeneidade espacial e espaço temporal, levando em conta tanto a vizinhança (a dependência espacial) como a existência de estruturas hierárquicas de dados em questão.
Em resumo, a aplicação do geoprocessamento e das técnicas de análise espacial associadas ao acesso livre e gratuito de SIGs e de inúmeras fontes de dados, vem abrindo oportunidades de uso na área de saúde pública, não somente para pesquisadores em seus estudos, mas especialmente para os profissionais que atuam na área da saúde.
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Fonte: webgis.tech
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